Rev. Paulo Cesar Lima.
“...vence o mal com o bem” (Rm 12).
O filme “Tropa de Elite” é a história do “bom” que tem que virar “mau” e do “mau”, que cansado de ser mau, quer voltar a ser bom, mas isso só é possível quando encontrar o “substituto”. Ou seja: um outro igual a ele (do bem) que se transforma em mau.
O roteiro do filme patrocina uma filosofia de vida pró-violência que cristaliza-se nas almas doentes e hipócritas de um povo amordaçado pelas infringentes idéias de que sempre o “melhor”, algo não mais encontrado na sociedade humana, é o “menos ruim”.
“Tropa de Elite” é filme que faz gostar quem não pensa, atira; quem não tem neurônios suficientes para ajuizar critérios entre o certo e o errado, sente; quem não tem olhos para ver, admite; quem não tem sensibilidade, faz; quem não se apercebe ludibriado, enganado por uma solução-violência criada pelas elites desse país – morte aos pobres; quem não entende que por trás destas imagens imbecis está a “moral do apartheid”, numa versão brasileira, que molhou de sangue a África do Sul; quem não aprende que o que eles querem inculcar nas cabeças vazias da massa brasileira é a diabólica idéia de que o bem só vai até a porta das favelas; dali para frente é o inferno. Esta dicotomia dos guetos provoca – numa população já dominada pelo medo, pelo ódio, pela violência – aversão aos favelados, absolutização da idéia de matar “pobres e negros” e um desvio de atenção, fazendo nós pensarmos, os idiotas da platéia, que o mal só é encontrado nos grotões da vida.
“Tropa de Elite” constrói a estúpida idéia para os imbecis que existe no Brasil um grupo de policiais – história da carochinha – ainda não corrompido pelas torpezas morais reinantes neste país. E que por isso fazer parte dessa elite policial só os “bons” – o critério de bondade deles é identificar o “bom” como aquele que se torna “mau”, violento, insensível, homicida.
Como os nossos referenciais morais estão apagados e quase sem visibilidade é possível que o espírito do preconceito que domina o filme “Tropa de Elite” se incorpore nas veias, artérias e músculos dos adolescentes e jovens brasileiros suscitando o aparecimento de grupos radicais, neonazistas, caçadores de pobre-favelados querendo fazer justiça com as próprias mãos.
A maior violência que o filme “Tropa de Elite” sugere não é a que está à flor da pele, mas a que está por trás dessa que é visível – a violência produzida pelo preconceito.
Mas o filme, num momento de lucidez, também faz crítica a hipócrita sociedade brasileira que sai às ruas em passeata pela paz, mas notoriamente são os maiores usuários de drogas e, por conseguinte, os grandes mantenedores do crime.
“...vence o mal com o bem” (Rm 12).
O filme “Tropa de Elite” é a história do “bom” que tem que virar “mau” e do “mau”, que cansado de ser mau, quer voltar a ser bom, mas isso só é possível quando encontrar o “substituto”. Ou seja: um outro igual a ele (do bem) que se transforma em mau.
O roteiro do filme patrocina uma filosofia de vida pró-violência que cristaliza-se nas almas doentes e hipócritas de um povo amordaçado pelas infringentes idéias de que sempre o “melhor”, algo não mais encontrado na sociedade humana, é o “menos ruim”.
“Tropa de Elite” é filme que faz gostar quem não pensa, atira; quem não tem neurônios suficientes para ajuizar critérios entre o certo e o errado, sente; quem não tem olhos para ver, admite; quem não tem sensibilidade, faz; quem não se apercebe ludibriado, enganado por uma solução-violência criada pelas elites desse país – morte aos pobres; quem não entende que por trás destas imagens imbecis está a “moral do apartheid”, numa versão brasileira, que molhou de sangue a África do Sul; quem não aprende que o que eles querem inculcar nas cabeças vazias da massa brasileira é a diabólica idéia de que o bem só vai até a porta das favelas; dali para frente é o inferno. Esta dicotomia dos guetos provoca – numa população já dominada pelo medo, pelo ódio, pela violência – aversão aos favelados, absolutização da idéia de matar “pobres e negros” e um desvio de atenção, fazendo nós pensarmos, os idiotas da platéia, que o mal só é encontrado nos grotões da vida.
“Tropa de Elite” constrói a estúpida idéia para os imbecis que existe no Brasil um grupo de policiais – história da carochinha – ainda não corrompido pelas torpezas morais reinantes neste país. E que por isso fazer parte dessa elite policial só os “bons” – o critério de bondade deles é identificar o “bom” como aquele que se torna “mau”, violento, insensível, homicida.
Como os nossos referenciais morais estão apagados e quase sem visibilidade é possível que o espírito do preconceito que domina o filme “Tropa de Elite” se incorpore nas veias, artérias e músculos dos adolescentes e jovens brasileiros suscitando o aparecimento de grupos radicais, neonazistas, caçadores de pobre-favelados querendo fazer justiça com as próprias mãos.
A maior violência que o filme “Tropa de Elite” sugere não é a que está à flor da pele, mas a que está por trás dessa que é visível – a violência produzida pelo preconceito.
Mas o filme, num momento de lucidez, também faz crítica a hipócrita sociedade brasileira que sai às ruas em passeata pela paz, mas notoriamente são os maiores usuários de drogas e, por conseguinte, os grandes mantenedores do crime.
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